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Professor que é ex-padre é preso em Mallet suspeito de assédio e pedofilia

A Polícia Civil do Paraná (PCPR), com apoio da Polícia Militar do Paraná (PMPR), prendeu em flagrante um homem, de 55 anos, por reprodução e armazenamento do conteúdo pornográfico envolvendo adolescente, nesta sexta-feira (24), em Mallet, no Sudeste do Estado. 

A prisão foi realizada durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão realizado na casa do homem. No local, foi apreendido um notebook e celular.

O indivíduo, professor de uma escola pública, é suspeito de cometer assédio sexual contra um aluno. Em dezembro, o homem encaminhou mensagens via rede social a um aluno, de 16.

De acordo com a delegada da PCPR Natália Pereira o investigado possui diversos registros de ocorrência que indicam delito de cunho sexual envolvendo adolescentes.  

“A referida prisão em flagrante e posterior prisão preventiva, já representada ao juízo, é importante para que o indivíduo, o qual é professor em escola pública seja afastado de possíveis futuras vítimas”, explica a delegada.

A delegada Pereira afirma que as investigações seguem através de análise de conteúdos retirados de aparelhos eletrônicos do indivíduo.

Mais algumas informações sobre o professor e ex Padre preso em Mallet:

Segundo informações o indivíduo já havia sido preso em maio de 2003 , suspeito pelo mesmo crime de abuso sexual. O então padre auxiliar da Paróquia São João Batista, de São João do Triunfo, tinha 35 anos na época, hoje com 55 anos.

Em maio de 2003 o indivíduo foi preso pela Polícia Civil de São Mateus do Sul na rodovia BR 476 acesso a União da Vitória , foi pego em flagrante ao lado de um adolescente de 14 anos que teria sofrido abuso sexual.

Confira trecho da notícia de 2003 do jornal Folha de Londrina, com declarações do Bispo da época Walter Michael Ebeje:

”Ele é responsável pelo que fez e vai sofrer a punição da Justiça e da Igreja”, afirmou o bispo Walter Michael Ebejel, da arquidiocese de União da Vitória.

Ebejel vai aguardar os resultados da investigação da Polícia Civil contra o padre para elaborar um relatório sobre o caso e enviar para o Tribunal Supremo de Roma.

”Uma coisa é certa: ele não exerce mais o sacerdócio”, disse.

O bispo contou que acompanhou o padre  por sete anos no seminário de União da Vitória e nunca observou qualquer desvio de conduta.

Apenas no início deste mês é que ele recebeu o resultado de uma sindicância realizada no Exército em Uruguaiana, onde o padre exerceu o cargo de capelão há quatro anos.

”Eu recebia cartas do padre  reclamando dos problemas de tráfico e contrabando em Uruguaiana. Ele estava deprimido. Foi lá que ele acabou tendo desvio homossexual, segundo o que relata a sindicância”, contou o bispo.

Há um ano e cinco meses, ele foi para São João do Triunfo. O pároco Jairo Minosso disse que em nenhum momento detectou qualquer preferência do padre  por meninos.

Exceto há alguns meses, quando ele começou a ter crises frequentes de depressão.

O padre teria sido informado que deixaria a paróquia e teria ido para a casa da família em Mallet.

”Ficamos chocados com o que aconteceu, mas não vamos abandoná-lo.

Providenciamos um advogado e pedimos um tratamento psiquiátrico para ele”, prometeu Jairo Minosso. A Igreja dará apoio também à família do adolescente que foi vítima do vigário.”

Via Polícia Civil/PR

Foto: Fábio Dias /Ilustrativa

Matéria da Página Ícaro Pasenko

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